quinta-feira, 10 de março de 2011

LP, A História



O disco de vinil, conhecido simplesmente como vinil, ou ainda Long Play (LP) é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usava um material plástico chamado vinil.

Trata-se um disco de material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico. Este sinal elétrico é posteriormente amplificado e transformado em som audível (música).

O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode tornar-se uma falha, a comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção (conhecidas, vulgarmente, como capa de dentro e de fora). A poeira é um dos piores inimigos do vinil, pois funciona como um abrasivo, a danificar tanto o disco como a agulha.

Discos de vinil




O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações - RPM (rotações por minuto) -, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas). Mas são melhores, principalmente, pela reprodução de um número maior de músicas - diferentemente dos discos antigos de 78 RPM - (ao invés de uma canção por face do disco), e, finalmente, pela sua excelência na qualidade sonora, além, é lógico, do atrativo de arte nas capas de fora.

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1997, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico.

Alguns audiófilos ainda preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD. O curioso é que a FNAC, e outras lojas da especialidade ainda têm uma pequena seção com discos em vinil que são, contemporaneamente, editadas por alguns (muito poucos) artistas/bandas.

Durante o seu apogeu, os discos de vinil foram produzidos sob diferentes formatos:




* LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na indústria como, Twelve inches--- ou, "12 polegadas" (em português) ). Disco com 31 cm de diâmetro que era tocado a 33 1/3 rotações por minuto. A sua capacidade normal era de cerca de 20 minutos por lado. O formato LP era utilizado, usualmente, para a comercialização de álbuns completos. Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos LP que foram gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).
* EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com 17 cm de diâmetro e que era tocado, normalmente, a 45 RPM. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos por lado. O EP normalmente continha em torno de quatro faixas.
* Single ou compacto simples: abreviatura do inglês Single Play (também conhecido como, seven inches---ou, "7 polegadas" (em português) ); ou como compacto simples. Disco com 17 cm de diâmetro, tocado usualmente a 45 RPM (no Brasil, a 33 1/3 RPM). A sua capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O single era geralmente empregado para a difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado .
* Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com 31 cm de diâmetro e que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de cerca de 12 minutos por lado.

Analógico X digital
Diferenças entre os principais formatos de discos




Os discos de goma-laca de 78 rotações, foram substituídos pelo LP. Depois o CD tomou o lugar de destaque do LP, pois teve ampla aceitação devido sua praticidade, seu tamanho reduzido e som, aparentemente, livre de ruídos. A propaganda do CD previa o fim inevitável do LP, que é de manuseio difícil e delicado. Na verdade, décadas após a criação dos CDs os discos de vinil ainda não foram totalmente aposentados.

Entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação às mídias digitais em geral (CD, DVD e outros). O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos, batidas graves, "naturalidade" e espacialidade do som. Estas justificativas não são tecnicamente infundadas, visto que a faixa dinâmica e resposta do CD não supera em todos os quesitos as do vinil. Especialmente quanto se trata de nuances que nos sistemas digitais são simulados através de técnicas de dithering.

Os defensores do som digital argumentam que a eliminação do ruído (o grande problema do vinil) foi um grande avanço na fidelidade das gravações. Os problemas mais graves encontrados com o CD no início também foram aos poucos sendo contornados. Os sucessores do CD, o DVD-Audio e o SACD, oferecem largura de banda e amostragens superiores ao CD, apesar de sua baixa penetração no mercado, devido à proliferação do mp3, um formato digital independente de mídia, mas com notáveis perdas de qualidade de som devido aos algoritmos de compactação de dados.

Até hoje se fabrica LP e toca-discos, que ainda são objetos de relíquia e estima para audiófilos e entusiastas de música em geral.

Fonte: Wikipédia

50 melhores álbuns ao vivo essenciais



O semanário inglês New Musical Express (NME) lançou uma edição especial com os 100 shows mais importantes da história, ou como é dito no site NME.com, "os 100 shows que você deveria ter ido". Para marcar a ocasião, também publicou uma lista com os 50 maiores álbuns ao vivo já lançados.

Confira os álbuns eleitos.

1. Thin Lizzy - Live and Dangerous (1977)
2. Neil Young & Crazy Horse - Live Rust (1979)
3. The Who - Live At Leeds (1970)
4. Radiohead - I Might Be Wrong: Live Recordings (2001)
5. Johnny Cash - At Folsom Prison (1968)
6. Nirvana - Unplugged in New York (2004)
7. Jay Z - Unplugged (2001)
8. MC5 - Kick Out the Jams (1969)
9. The Ramones - It's Alive (1978)
10. Kiss - Alive! (1975)
11. The Rolling Stones - Get Yer Ya-Ya's Out (1970)
12. Led Zeppelin - The Song Remains the Same (1976)
13. Deep Purple - Made in Japan (1972)
14. Joni Mitchell - Miles of Aisles (1974)
15. Bill Withers - Live At Carnegie Hall (1973)
16. Aretha Franklin - Live At Fillmore West (1971)
17. Kraftwerk - Minimum Maximum (2005)
18. Iron Maiden - Live After Death (1985)
19. Lynyrd Skynyrd - One More From the Road (1977)
20. The Monterey International Pop Festival (1967)
21. Pink Floyd - Pulse (1994)
22. Jeff Buckley- Mystery White Boy (1996)
23. The Velvet Underground - Live At Max's Kansas City (1970)
24. Woodstock: Music From the Original Soundtrack and More (1969)
25. Bill Callahan - Rough Travel For a Rare Thing (2007)
26. Belle & Sebastian - If You're Feeling Sinister: Live at the Barbican (2005)
27. Black Lips - Los Valientes del Mundo Nuevo (2007)
28. Curtis Mayfield - Curtis/Live! (1971)
29. Bob Dylan & The Band - Before the Flood (1974)
30. Elvis Presley - Aloha From Hawaii (1973)
31. U2 - Rattle and Hum (1987)
32. George Harrison - The Concert For Bangladesh (1971)
33. The Band - The Last Waltz (1976)
34. Jerry Lee Lewis - Live at the Star Club, Hamburg (1964)
35. Metallica - Live Shit: Binge & Purge (1993)
36. Queen - Live At Wembley Stadium (1986)
37. James Brown - Live At The Apollo (1963)
38. Cream - Wheels of Fire (1968)
39. The Mars Volta - Scabdates (2005)
40. Muse - Haarp (2007)
41. Simon and Garfunkel - The Concert in Central Park (1981)
42. Future of the Left - Last Night I Saved Her from Vampires (2008)
43. Iggy & The Stooges - Metallic K.O. (1974)
44. Talking Heads - Stop Making Sense (1983)
45. The Cramps - Smell of Female (1983)
46. The White Stripes - Under Great White Northern Lights (2007)
47. Wilco - Kicking Television: Live in Chicago (2005)
48. Metallica - S&M (1999)
49. My Morning Jacket - Okonokos (2005)
50. Tom Waits - Glitter and Doom Live (2008)

O site NME.com disponibiliza a capa de cada um desses álbuns. Clique aqui para conferir.

fonte: Whiplash