segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os 10 Mandamentos do Guitarrista

1. Ouça os pássaros

É daí que vem toda a música. Pássaros sabem tudo sobre como aquilo deve soar e de onde vem aquele som. E contemple os beija-flores. Eles voam muito rápido, mas muitas vezes não estão indo a lugar nenhum.

2. Sua guitarra não é uma guitarra, é um instrumento de revelação

Use-a para encontrar espíritos de outro mundo e trazê-los para cá. Uma guitarra também é uma vara de pescar. Se você for bom, você vai fisgar um grande.

Nota: veja a definição de divining rod na Wikipedia.

3. Pratique em frente a um arbusto

Espere até a lua aparecer, então saia para fora, com um pão multi-grãos e toque sua guitarra para um arbusto. Se ele não se mexer, coma outro pedaço de pão.

4. Ande com o demônio

Os velhos tocadores de blues do Delta se referiam aos amplificadores como “caixas do demônio”. E eles estavam certos. Você tem que dar oportunidades iguais para quem você vai trazer do outro lado. Eletricidade atrai diabos e demônios. Outros instrumentos atraem outros espíritos. Um violão atrai o Gasparzinho. Um bandolim atrai a Wendy. Mas uma guitarra atrai o Belzebu.

5. Se você pensa, você está fora

Se seu cérebro é parte do processo, você está perdendo. Você deve tocar como um homem que está se afogando, lutando para chegar à costa. Se você conseguir capturar esse sentimento então você tem algo muito valioso.

6. Nunca aponte sua guitarra para ninguém

Seu instrumento tem um golpe mais forte do que um raio. Toque um acorde e então corra para fora para ouvi-lo. Mas certifique-se que você não está em um campo aberto.

7. Sempre tenha uma carta na manga

Está é a sua arma secreta. Como One String Sam. Ele tinha uma. O músico de rua de Detroit tocava um instrumento feito em casa nos anos 50, e sua canção “I Need a Hundred Dollars” era algo que nunca decepcionava. Outra carta na manga é o guitarrista de Howlin' Wolf, Hubert Sumlin. Ele simplesmente ficava parado lá como a Estátua da Liberdade, fazendo com que você estivesse o tempo todo querendo olhar embaixo do vestido e ver como ele está fazendo aquilo.

8. Não limpe o suor do seu instrumento

Você precisa daquele fedor ali. E então você tem que pôr aquele fedor na sua música.

9. Guarde sua guitarra em um lugar escuro

Quando você não estiver tocando, cubra a guitarra e guarde em um lugar escuro. Se você não for tocar sua guitarra por mais de uma dia, certifique-se de manter um pires de água junto dela.

10. Você tem que ter um capô para o seu motor

Use o chapéu. Um chapéu é uma panela de pressão. Se você tem um teto na sua casa o ar quente não consegue escapar. Até mesmo um feijão tem que ter um pedaço de papel úmido ao seu redor para crescer.

Gary Moore- Luto




O [site] HOT PRESS foi informado da morte de GARY MOORE. O lendário guitarrista nascido em Belfast morreu aos 58 anos de idade, durante o sono na noite passada, enquanto estava de férias na Espanha. Não foi divulgada a causa de sua morte.

Um dos maiores guitarristas de sua geração, Gary Moore começou sua carreira profissional na adolescência. Ele tinha apenas dezesseis anos quando se mudou de Belfast para Dublin, em 1969, para juntar-se ao SKID ROW – originalmente uma banda de quatro membros que tinha Brush Shiels no baixo, Nollaig Bridgeman na bateria e Philip Lynott como vocalista, assim como Gary na guitarra solo.

Logo depois, Phillip Lynott foi posto de lado, com Brush e Gary dividindo os vocais, fazendo do Skid Row um power trio do tipo que estava na moda na época, seguindo o sucesso do Rory Gallagher’s Taste e Jimi Hendrix Experience. O Skid Row assinou contrato com a CBS Records e lançou dois discos, Skid em 1970 e 34 Hours em 1971.

Adepto do blues, hard rock e jazz, Moore era também um guitarrista melódico soberbo e apareceu em muitos outros discos irlandeses como participação especial, incluindo gravações do Dr. Strangely Strange, entre outros. Ele foi chamado para se juntar ao THIN LIZZY por Phillip Lynott e substituir Eric Bell, antes da formação definitiva de quatro membros da banda, com Scott Gorham e Brian Robertson nas guitarras solo. Entretanto, no disco Nightlife (1974), ele tocou o solo extraordinário de ‘Still In Love With You’, que se tornou uma das faixas mais memoráveis do Thin Lizzy e uma eterna favorita ao vivo. Gary retornou brevemente ao grupo, quando Brian Robertson foi descartado para uma turnê pelos EUA, em 1977. Moore também apareceu no disco Black Rose, lançado em 1979.

“Ele era um músico genial”, disse o editor da Hot Press, Niall Strokes. “Mesmo quando adolescente, ele tinha algo especial nele e ao longo de sua carreira ele trabalhou muito duro para melhorar sua técnica. Sua contribuição para o rock irlandês foi imensa, tanto em seu trabalho solo, seus dias com o Skid Row, os grandes discos que ele gravou com Phillip Lynott e com o Thin Lizzy, e em várias outras participações. Meu coração vai a todos seus amigos próximos e família. É uma enorme perda.”

Seu relacionamento com o vocalista e compositor do Thin Lizzy, Philip Lynott, era altamente competitivo, e havia desentendimentos frequentes entre eles, mas eles permaneceram como parceiros musicais e juntaram forças para o single de sucesso ‘Parisienne Walkways’ (1979), no qual Philip cantou. O single posterior, ‘Out in The Fields’ (1985), chegou à quinta posição das paradas inglesas.

Enquanto ele permaneceu como parte do grupo de Jon Hiseman, o Colosseum II, pela maior parte de sua carreira, Gary Moore teve sua própria banda, alternando entre o hard rock, metal e fusion, além da influência do jazz e blues. O primeiro disco da banda de Gary Moore foi lançado em 1973. Nos últimos anos, ele tinha retornado às suas raízes, primeiro com o lançamento de Still Got The Blues, em 1991, e depois com Back to The Blues, em 2001. Ao todo, ele lançou 20 discos de estúdio, assim como seis compilações ao vivo, incluindo o DVD Live At Montreaux.

Fonte: Whiplash